sábado, 21 de fevereiro de 2015

Imagem para Montemor

Enquanto preparamos a próxima residência em Montemor-o-Novo, uma proposta de imagem para comunicação do evento sai assim, a partir da montagem de duas imagens: a duma intervenção da Ana Limpinho no Teatro Viriato a que se sobrepõe uma outra imagem criada também pela Ana. 










É interessante como estes pretextos nos podem ir ajudando a pensar o espetáculo: na imagem criada para o Teatro Viriato já estava isso e agora continua a ser válida esta metáfora a que o Francisco Luís Parreira aludia de que o texto, ao longo de séculos, foi sendo «passado pelo ar», referindo-se à transmissão oral dos mitos, à sua progressiva incorporação no imaginário dos diferentes povos que foram assumindo alternadamente a preponderância na Mesopotâmia. Entre o ar (a memória, a voz, o sonho, a projecção, o eco...) e a pedra (a gravação material e abstrata dos sons no barro, mas também os muros, as barreiras, o peso da matéria, as nossas fronteiras materiais... ) se construíram identidades.