segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Ceci n'est pas une illustration II

por Johanna Paliege

Mes chers Seillonnais! Pour moi aussi c'était une expérience formidable et très enrichissante. J'ai eu beaucoup de mal à vous quitter. J'espère que la soirée carte blanche et aussi le présentation du samedi soir se sont bien passées (O! comme je regrette de ne pas avoir été là!). On va tous se retrouver à Lisbonne en novembre, c'est promis? Voici un autre petit dessin de la série "Ceci n'est pas une illustration": à chacun de se retrouver dedans… bises du Luxembourg!!!




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Chegados a Seillons-Source-D'Argens

Chegados a Seillons somos acolhidos ao jantar por um dos nossos anfitriões locais, o Chris. Falamos de Guilgamesh, das versões e das traduções e de Jean Bottéro, o primeiro tradutor francês. Conta-nos como, aqui bem perto, em Saint-Maximin, cuja vista alcançamos da varanda, Bottero ainda jovem, conhece o padre dominicano Marie-Joseph Lagrange um exegeta crítico que, ao que parece, ali chegara por motivos de saúde. Anos antes, no final do sec XIX , fora enviado à Palestina para fundar a Escola Bíblica de Jerusalém, incumbindo-lhe a tarefa de comprovar a veracidade histórica do texto bíblico numa altura em que as consecutivas descobertas arqueológicas refutavam ideias feitas, herdadas de preceitos religiosos e não de factos históricos comprovados. A Igreja não podia perder a dianteira na confirmação dos seus postulados. Mas os resultados dos estudos que chegam do Médio Oriente dizem claramente: a Bíblia é uma coisa, os factos históricos são outra. Estas conclusões são rechaçadas pelas autoridades eclesiásticas e, durante muitos anos, Lagrange não publicará o seu trabalho. Em 1932, depois de ser ordenado, Jean Bottéro vem viver para o priorato dominicano de Saint Maximin. Conhece Lagrange e torna-se seu discípulo nos estudos mesopotâmicos que o levarão a refutar também a veracidade histórica do Génesis e, mais tarde, na sequência da sua integração no Centre National de la Recherche Scientifique, ao seu retorno à condição laica. Torná-se-á uma autoridade na descodificação do antigo acádico, traduzindo o Épico de Guilgamesh. Saint-Maximin é aqui ao lado, ali, no sopé da colina.

NN



segunda-feira, 13 de abril de 2015

terça-feira, 7 de abril de 2015

Da Imortalidade, para velar o morto

Por Statt Miller

Guilgamesh é um épico que perdeu a sua data de nascimento. Sobre este texto pouco sabemos para além da sua origem suméria localizada imprecisamente no terceiro milénio antes da nossa era, e o que os pedaços da epopeia deixam ir percebendo sobre o protagonista que dá nome à narrativa.
O tempo, o imaginário colectivo, a expressão cultural de um povo e civilização difíceis de determinar são os autores da história contada. No épico reside a dimensão universal de um enredo que permite uma reflexão filosófica a propósito das relações humanas, do amor e amizade entre dois seres (Guilgamesh e Enkidu), das empresas da vida e sobretudo das empresas da morte, sob duas perspectivas diferentes. Guilgamesh fala-nos sobretudo sobre a morte: sobre quem a morre na primeira pessoa, e sobre quem, perante a morte, permanece vivo sendo testemunha desse evento, que é certo, na vida de cada um de nós. Até ao momento em que nos certificamos da morte, a vida é de tarefas, de empresas, de feitos heroicos cujo vigor dissuade a mortalidade de cada um.
Falar da imortalidade é, assim, necessariamente, falar sobre o seu contrário: a morte. Só se pensa em imortalidade quando se tem precisamente consciência do fim das coisas, dos seres e dos tempos. A imortalidade reflecte um desejado de se “ser para sempre”, afirmação que, paradoxalmente, nega a intenção perpétua do que propõe, pois só conhece a medida do “para sempre” quem conhece a medida do que é finito. Apesar de a imortalidade ser uma circunstância negada à condição de ser humano, este parece ter estratégias para contrariar a finitude dos tempos, dos espaços, dos seres, das coisas e das memórias. Exemplo disto é precisamente este épico a que o século XIX decidiu nomear de Guilgamesh e, por isto, achámos justo o título de Da Imortalidade para o espectáculo que a companhia está a preparar sobre esta epopeia.
O texto que nos propomos encenar resulta precisamente de um exercício para a imortalidade: a riqueza e a excentricidade do texto Guilgamesh é o ele ter-se perdido, reservando-se da erosão que lhe seria esperada, literal e metaforicamente. As tábuas de argila esconderam-se nas passagens dos anos, permitiram-se ser esquecidos para finalmente neles se recorrer a uma memória que a periocidade dos seus criadores não permitiria preservar até aos nossos dias. Guilgamesh é um texto morto que começa agora a renascer, desenterrado aqui e ali dos túmulos a que anos de civilizações, evoluções, antigas e novas crenças o devotaram.
A imortalidade é inerente a Guilgamesh, porque este texto está morto, pois na morte é-nos reservada a vida eterna, concepção cristã que melhor se aproxima de uma certa imortalidade. A isto associa-se o cliché muito válido de que só quando se perde alguma coisa se lhe descobre o verdadeiro valor. Só porque este texto esteve desaparecido durante tanto tempo lhe concedemos o reconhecimento e importância que lhe pertencem. E o que é bizarro quando, como companhia, resolvemos perscrutar este texto para lhe dar vida num exercício de teatro, é surpreendemo-nos porque, afinal, conhecemos o morto: o exotismo e excentricidade de Guilgamesh reside no facto de este velho estrangeiro comunicar connosco, falar melhor de nós do que nós próprios. Nos textos que compõem o épico verificamos que, em nós, não há novidade alguma. A universalidade de Guilgamesh abarca toda a mitologia ocidental, reúne toda a cultura de crenças, hábitos, histórias e sobretudo de relações interpessoais que reconhecemos da prática íntima de cada um. Lemos Guilgamesh e nele encontramos a pré-história de vários episódios da Ilíada, lemos Guilgamesh e nele encontramos personagens da mitologia clássica, lemos Gilgamesh e nele descortinamos a origem de textos bíblicos o que, a certo ponto, nos coloca no abismo da profunda dúvida sobre a originalidade da história de Cristo ou, por outro lado, confirma a universalidade de Deus traduzida por tempos infinitos, contando sempre a mesma história com personagens diferentes.
Não há nada que questione melhor o fim das coisas que o teatro. É cliché por demais conhecido de que a arte da representação é a arte da efemeridade, do aqui e agora, do irrepetível, etecetera, etecetera. Nem textos, nem imagens, nem gravações audiovisuais conseguem corresponder em absoluto à exclusividade do momento de teatro a que se referem. Mais não são do que links que artilham a memória para aceder a um momento que já teve o seu tempo, que faz parte do passado, que já está morto. A nós interessa-nos essa coisa que desaparece, depressa, cuja importância fica reservada no próprio momento em que se concretiza e que, por isso, sempre condenada à morte instantânea, assim que se cumpre. Um acto teatral é, neste sentido uma circunstância ritual, em que uma séria de pessoas se reúnem para testemunharem uma morte em comum, num evento que, paradoxalmente, se dedica a fabricar vida.
A temos viajado com Guilgamesh, sobre este épico investido um trabalho de residências artísticas cujo propósito é desvendar diversos tipos de abordagem ao texto, passíveis de resultar em matéria útil ao pensamento cénico de Da Imortalidade. O processo criativo de Da Imortalidade reproduz a estratégia de imortalidade de que o próprio Guilgamesh resulta: várias pessoas, juntamente com um elenco também ele composto por actores de diferentes países e nacionalidades, se reúnem em tempos diferentes, em espaços diferentes, para contribuírem com heranças diversas para o seu modo de contar a mesma história. Porque é um épico universal não o poderíamos reservar para nós, companhia, para nós, fazedores de teatro, para nós portugueses, a criação de um espectáculo sobre este texto. O exercício de trabalho com as comunidades dos locais em que preparamos Da Imortalidade, a nível nacional (Lisboa, Viseu, Montemor-o-Novo) e internacional (Palestina, França, Itália) enriquece o aconchego ao texto e a percepção do mesmo, ao mesmo tempo que se reproduz o sistema de composição do próprio épico, até ao momento que possa a vir ser fixada naquilo que será o espectáculo Da Imortalidade.
A par desta estratégia de concretização, a implicação de várias pessoas em diversos locais e em tempos diferentes trabalham também para essa perspectiva da imortalidade: ao relacionarmos Guilgamesh com um maior número de pessoas e fontes, a memória em que reside essa possibilidade da imortalidade, do “para sempre”, tem a pretensão de se ver cumprida. Tanto o texto Guilgamesh como o espectáculo Da Imortalidade passarão assim, novamente, ‘pelo ar’, na metáfora feliz de Luís Parreira, como terá centenas de anos antes de a história de Guilgamesh ter sido fixada na forma de texto, desta vez para vir a ser fixada numa de arte que lhe fabrica uma espécie de vida.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Da Imortalidade

por Sónia Barbosa

Quero escrever algo sobre o trabalho, a matéria, as experiências do processo de criação do Projeto “Da Imortalidade”.

Estou a ler um livro que se chama “Como o acaso comanda as nossas vidas” de Stefan Klein: “Acaso ou destino? Até que ponto o rumo das nossas vidas obedece a uma ordem?” diz na badana (termo maravilhoso que acabei de descobrir na net) do livro. Bela reflexão científica sobre o acaso, a desordem, a casualidade, a consequencialidade… mais uma vez o homem se debate com a questão do “sentido da vida”: o universo é perfeitamente aleatório, casual, ou há uma ordem universal subjacente a tudo?
Também estou a ler a tese duma amiga minha (a minha primeira professora de yoga, Laura Brizzolara) que relaciona duas práticas: o yoga e o canto. E aí encontrei estas palavras:

“Alla radice di tutto questo, il bisogno, da un lato, di riconoscere la dimensione sacra della vita, senza la quale avverto una mancanza dolorosa di senso nell’esistere, e, dall’altro, la tendenza(che assume per me il carattere di un’imperativa esigenza di chiarezza), a sottoporre a vaglio razionale ogni pensiero, che in modo ricorrente mi fa incontrare il dubbio nichilista.”
Na raís de tudo isto, a necessidade, por um lado, de reconhecer a dimensão sagrada da vida, sem a qual pressinto uma dolorosa falta de sentido no existir, e, por outro, a tendência (que para mim assume um carácter de imperativa exigência de clareza), para submeter a uma análise racional cada pensamento, que de modo recorrente me faz encontrar a dúvida nihilista. (tradução minha)

Mais uma vez, a necessidade de encontrar/procurar um sentido para a existência, versus, a racionalidade, a análise, a ciência, onde esse ímpeto espiritual não encontra muito espaço para existir.

A propósito, uma curiosidade descoberta no primeiro livro que referi: Einstein, que se dizia religioso e crente (é dele a frase “Deus não joga aos dados”), estava certo que havia uma ordem universal subjacente no universo, que simplesmente era demasiado complexa (perfeita? divina?) para nós conseguirmos percebê-la e, principalmente, demonstrá-la. Mas ele tentou. Fez uma experiência com umas partículas irmãs minúsculas (os fotões) que, segundo a sua teoria, apesar de terem existências separadas mantinham uma espécie de ligação misteriosa, que as fazia comportarem-se com a mesma determinada lógica, ainda que estivessem a milhares de quilómetros uma da outra. Entretanto neste livro Stefan Klein, explica (e aí eu não fui capaz de seguir completamente essa explicação) que já se fizeram outras experiências científicas, no seguimento dessas do Einstein, que provam que ele não tinha razão. Ao que parece a ciência continua apenas a conseguir provar a casualidade e a ter muitas dificuldades em provar a tal ordem universal, o sentido da existência.

Lembrei-me agora duma frase que ouvi há muitos anos em Itália e que me fez sorrir e guardá-la até hoje naquelas memórias mais marcantes, que estão naquelas gavetas maiores e acessíveis a que a nossa consciência, sem dificuldade, acede. A frase era “o amor não existe, é por isso que se faz”. Talvez seja a mesma coisa para o sentido. Talvez seja na nossa constante procura dele que ele exista.

E finalmente chego a Guilgamesh:

“Aquele que testemunhou o Abismo, as fundações da terra,
experiente de caminhos, em tudo era sábio!
[…]
O que era secreto encarou, o oculto trouxe à luz,(…)”

O primeiro texto escrito de que temos conhecimento da Humanidade. Fala dum grande rei, em parte humano, em parte divino. Conta a sua história, a sua longa jornada em busca do conhecimento, da glória e da imortalidade.
Porque é que nas mitologias encontramos sempre este tipo de temática, de perspectiva sobre o mundo? E aceitamos esses mitos sem nenhuma dificuldade. Sabemos que nesses tempos (quais são esses tempos?) os homens viam o mundo dessa forma. Aceitavam esse mistério, sabiam que havia algo “oculto” que era necessário “trazer à luz”: a tal ordem universal.
E nós agora lemos esses mitos, essas histórias, e aceitamo-los, mais do que isso, sentimo-nos atraídos por eles, sentimos uma correspondência, uma sensação de verdade que nos chama continuamente. Mas não podemos deixar de seguir também o chamamento da ciência, dentro da qual não cabe a ideia de que um homem possa ser criado a partir dum pedaço de barro pelas mãos dum deus.

E cá estamos mais uma vez na plena contradição. No mistério.

O mistério. Fascina-me o mistério da Memória. Da minha pessoal. Mas também da memória do mundo. Da memória enquanto fenómeno. Da memória como ideia muito presente no Projeto “Da Imortalidade”: estamos a recordar, reviver, requestionar, reinventar este texto que vem lá de muito longe no tempo. Faz parte da memória do mundo.
Mas há uma coisa extraordinária na memória: quando entramos dentro dela, como quando vamos abrir as tais gavetas do nosso cérebro, evocando momentos, imagens ou mesmo cheiros, pode acontecer (e acontece muitas vezes) que o poder dessa memória nos coloque exatamente na situação (emocional, sensorial, e às vezes até mesmo perceptiva) que estamos a recordar. Ou seja, é como se estivéssemos outra vez lá, a viver aquele momento. Isso faz-me pensar na questão do tempo e do espaço sobre a qual Einstein também se debruçava. Quando estamosm a reviver esse momento com toda a intensidade, qual é a diferença substancial no que diz respeito à existência? Estamos ou não estamos a existir naquela situação? É ou não é verdade aquilo que está a existir naquele momento para nós?
Esta capacidade de mergulho numa espécie de existência não temporal, não espacial, faz-me pensar na questão dos mitos, dos arquétipos, das nossas origens… Porque a seguir poderíamos pensar na diferença entre a memória pessoal duma pessoa e a memória do mundo (as memórias que nos chegam, os livros, as obras de arte, o conhecimento que temos do passado…). Ou seja, quando conseguimos entrar em determinados “mundos” evocados (através de textos, imagens e principalmente do nosso envolvimento criativo, emocional, etc.) poderíamos estar novamente nesse espaço de existência não temporal/ não espacial, mas onde a sensação de real, de verdade, de consciência, são inegáveis.

Tudo isto é também o mundo do teatro.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Sobre a residência de Montemor-o-Novo


de 23 a 28 de Março de 2015, parceria O Espaço do Tempo
Apresentação pública e debate com o público no dia 28 às 15h, na Black Box


O Espaço do Tempo é um espaço e um projecto incontornável situado numa cidade com a qual a Propositário Azul tem uma relação muito especial desde o início. Para além duma ligação pessoal dos vários colaboradores a diversos agentes culturais e artistas residentes em Montemor-o-Novo, são vários os exemplos de espectáculos, acções de formação e residências que realizámos nesta cidade. Neste caso trata-se da primeira residência apoiada pel'O Espaço do Tempo que se afirma indubitavelmente como uma estrutura de acolhimento e projecção de criadores nacionais e internacionais que ali procuram as condições para fazerem trabalho de pesquisa e experimentação ao longo dos últimos 14 anos.


Este encontro abordará as placas VI a VIII (versos VI1 a VIII219) do épico. Abordaremos a  narração da morte de Enkidu, o amigo de Guilgamesh, como consequência da vingança da deusa Ishtar que fora por este rejeitada. Este episódio reflecte a crescente maturidade do herói, simbolicamente marcado por um ritual de passagem, e pela consciencialização da morte através da perda do seu amigo. O ser da acção adquire aqui a capacidade de reflectir, de se projectar no outro e no destino. Ao mesmo tempo, aquilo que até aqui consistia na identidade complementar dos dois homens, passa agora a estar incorporado num só: Guilgamesh incorpora Enkidu ao incorporar a ideia da morte que até aqui não reconhecera. Em Montemor é sobre este processo de individuação do herói, da sua maturação como homem e do processo do luto como via de reabilitação da vida, que nos propomos trabalhar. Parece-nos interessante estabelecer pontes entre alguns temas – como os genericamente aqui descritos – e a vivência dum certo isolamento como processo de aprendizagem e de maturidade expresso de forma histórica, política, social e cultural em Montemor-o-Novo e nas suas gentes.

Com Atta Nasser, Francisco Luís Parreira, Hugo Sovelas, João Miguel Mota, Nuno Nunes, Sofia Dias, Statt Miller, Ana Carina Paulino, Bernardo Xavier, Catarina Caetano, Francisco Campos, José Miguel Ribeiro, Maria João Crespo, Paulo Quedas, Sara Cipriano, Vítor Guita.

Acolhimento O Espaço Do Tempo | Apoio financeiro Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Viriato | Parceiros das residências Al-Harah Theatre, Associazione Teatrale Còraì, Ilha dos Amores, Mairie de Seillon-Source-d'Argens, Theatre Day Productions, Teatro Viriato | Outros parceiros Teatro da Cornucópia, The Edward Said National Conservatory of Music

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Imagem para Montemor

Enquanto preparamos a próxima residência em Montemor-o-Novo, uma proposta de imagem para comunicação do evento sai assim, a partir da montagem de duas imagens: a duma intervenção da Ana Limpinho no Teatro Viriato a que se sobrepõe uma outra imagem criada também pela Ana. 










É interessante como estes pretextos nos podem ir ajudando a pensar o espetáculo: na imagem criada para o Teatro Viriato já estava isso e agora continua a ser válida esta metáfora a que o Francisco Luís Parreira aludia de que o texto, ao longo de séculos, foi sendo «passado pelo ar», referindo-se à transmissão oral dos mitos, à sua progressiva incorporação no imaginário dos diferentes povos que foram assumindo alternadamente a preponderância na Mesopotâmia. Entre o ar (a memória, a voz, o sonho, a projecção, o eco...) e a pedra (a gravação material e abstrata dos sons no barro, mas também os muros, as barreiras, o peso da matéria, as nossas fronteiras materiais... ) se construíram identidades.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Ficha Artística e Parceiros

Actualização

Versão em portugês Francisco Luís Parreira | Dramaturgia e encenação Nuno Nunes | Concepção plástica do espetáculo Henrique Ralheta com Sebastião de Bernardo e Carolina Reis | Dezenho de Luz Rui Alves | Música e sonoplastia Nicó Tricó | Apoio à dramaturgia Statt Miller.

Com Carolina Cunha e Costa, César Couto, Francisco Goulão, Hugo Sovelas, João Jacinto, João Miguel Mota, Maria de Almeida, Mafalda Vaz de Amaral, Marina Meinero, Motaz Malhiz, Patrizia D'Antona, Sofia Dias, Sónia Barbosa, Susana C. Gaspar.

Produção Executiva Hugo Sovelas | Produção Propositário Azul | Apoio financeiro Secretário de Estado da Cultura – Dgartes, Fundação GDA – Gestão dos direitos dos artistas, Fundação Calouste Gulbenkian, Direção Regional de Cultura do Alentejo | Parcerias e acolhimentos ACT – Escola de Actores, Al-Harah Theatre, Associazione Teatrale Còrai, Junta de Freguesia do Beato, Comune di Pollina, Le MèME EnsembLe, Mairie de Seillon-Source-d'Argens, O Espaço O Tempo, Teatro da Cornucópia, Teatro Viriato, Theatron, The Edward Said N. Conservatory of Music, Theatre Day Productions


Consultar também o calendário de residências

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fotografia de grupo no Teatro Viriato


Depois da apresentação e da conversa com o público, ficou esta recordação do grupo do quarto laboratório.

Da esquerda para a direita: Carla Augusto, Hugo Sovelas, Patrizia D’Antona, Albino Moura, João Miguel Mota, Cristina Ferrão, Nuno Rodrigues, Cristóvão Cunha, Ana Limpinho, Helena Silva, Luís Belo, Abel Figueiredo, Nuno Nunes, Sónia Barbosa, Fraga e Ilda Teixeira.

sábado, 24 de janeiro de 2015

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Gaza Ano #

Haverá alguém capaz de contar esta história?

Beit Hanoun, Gaza, 11h29

Gaza Ano #

Depois da devastação, vários meses depois, prevalece a proibição de entrada de cimento para a reconstrução.


Beit Hanoun, Gaza, 10h51

 Beit Hanoun, Gaza, 10h49



Hospital de Beit Hanoun, em Gaza

Beit Hanoun, Gaza, 10h59


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Theatre Day Productions, dia 1

A nossa turma da manhã, composta apenas por mulheres. A da tarde só com homens. Serão quatro dias, das 8h30 às 12h30 e das 13h às 17h.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Sobre o laboratório em Gaza

A proposta apresentada ao Theatre Day Productions, mesmo à mão:






Gaza, Palestina

Entrada num país do Mediterrâneo, no sec XXI:

NOTA: é mesmo assim, não há outra entrada!


Checkpoint do Hamas, o último.



Do lado de lá, as primeiras vistas